terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mensagem da administradora/
Mudança de endereço

Caros amigos,
não é que eu esteja abandonando totalmente este blog que criei em homenagem ao querido Mario Merlino (o meu "Marito lindo").

Mas a ideia inicial não foi pra frente e, para reativá-la, tenho que pensar noutra estratégia.

Enquanto isso, faço nova tentativa de emplacar um blog. O endereço é
http://napontadalingua-por-sol.blogspot.com/.

Espero vocês por lá!

Beijos,
Solange.

sábado, 16 de outubro de 2010

O sobrenatural não é mais o mesmo.
Já o mundo real...

http://opiniaoenoticia.com.br/cultura/o-sobrenatural-nao-e-mais-o-mesmo-ja-o-mundo-real/

Romance policial é coisa (muito) séria

http://opiniaoenoticia.com.br/cultura/romance-policial-e-coisa-muito-seria/

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Caneca e a poesia

Acabo de descobrir que a poesia não apenas surpreende e encanta, causando o que um poeta chamou de alumbramento. Tanto quanto ensaios e manuais, a poesia é capaz de documentar e informar.

Desde os tempos de escola ouvia falar do personagem histórico Frei Caneca. Mas pouco sabia sobre ele: hoje nome de rua decadente no centro do Rio de Janeiro, viveu no Nordeste – na Bahia, talvez? – e morreu executado por ter se envolvido em alguma encrenca contra o governo de D. Pedro I. Ou será que estou confundindo e esse é o padre que foi comido pelos índios?

Poucos anos atrás, fui turistar em Recife. Na Casa de Cultura local, antiga cadeia, vi uma tela representando a execução do frade de nome engraçado. Li, com a pressa típica dos turistas, o texto que ladeava o quadro e retive apenas duas informações: o homem era de Pernambuco e se envolveu no que os pernambucanos chamam de Revolução de 1817. Minha ciência acabava aí.

Ontem, abri um livro que me chegou por acaso. Era o Auto do Frade, do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, publicado em 1984. Misto de poesia e teatro – teatro em versos? – em poucas palavras o livrinho me abriu as portas da compreensão.

Caneca, na verdade Joaquim do Amor Divino Rabelo, um frade carmelita que, ao se ordenar adotou o apelido do pai fazedor de apetrechos domésticos, queria separar o Norte/Nordeste do resto do Brasil e livrá-lo da monarquia, instaurando a república. Então entendi por que o nascente Império brasileiro sentiu-se ameaçado por aquele religioso de fala solta, que arrebanhava seguidores numa das províncias mais ricas da nação que engatinhava.

Mas a poesia de Cabral não me deu apenas uma aula de história. Ou não seria poesia.
Deu-me também o alumbramento de versos como estes:

- Mas parece falar em versos.
É isso estar bêbado ou não?
- Mesmo sem querer fala em versos
quem fala a partir da emoção.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

TRANS/TEXTUALIZANDO A MARIO



HOMENAJE A MARIO MERLINO

JUEVES 27 DE MAYO, 19h30,
CASA DE AMERICA

"TRANS/TEXTUALIZANDO A MARIO"



MESA REDONDA: JULIA ESCOBAR, BENITO DEL PLIEGO
PRESENTA: SUSANA GARCÍA IGLESIAS


PERFORMANCE COLECTIVA: ANA ROSSETTI, NONI BENEGAS Y ANGEL MARCO, INTERPRETARAN POEMAS DE MARIO MERLINO CON LA PARTICIPACIÓN DE SUS AMIGOS, ALUMNOS, COLEGAS Y ADMIRADORES

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Bold as Love By onde?!?!?!?

Enquanto a trama de "O Assassinato do Português" aguarda novo capítulo, o pessoal do Sportv 2 aproveita as Olimpíadas de Inverno para promover o assassinato não só do idioma pátrio, mas da cultura geral, em nível internacional.

Para ficar apenas na primeira parte da patinação artística masculina (programa curto, ou técnico), seguem alguns exemplos:

1) O comentarista, alardeado como treinador e craque no assunto por aqui, desconhece outro advérbio que não seja “onde”. Foi um festival! Até gente virou lugar: o coreógrafo onde isso, a equipe onde aquilo, e por aí seguiu, castigando os ouvidos do espectador. Se ele treina patinadores como fala a nossa língua, dá pra entender por que não temos brasileiros nesse belo esporte. Não é só porque aqui é terra ONDE neve é coisa rara, viu, pessoal?

2) Será que o canal não tinha alguém mais adequado para a função de apresentador de patinação artística? Este esporte pede algum conhecimento de música, por exemplo. Não entender “Bold as Love”, “by” Jimi Hendrix é dose! Na leitura do texto, virou “Bold as Love By” (sem autor. E sem comentários...). Também não é preciso ser um Rubens Ewald para reconhecer que o “James Bond Medley” incluía outros temas famosos de filmes de ação, como “Missão Impossível”.

3) Os idiomas estrangeiros também não escaparam da chacina. Nomes — e especialmente sobrenomes — de atletas foram muitas vezes corrigidos... para pior. Cadê aquele cuidado que costumamos ver nas partidas internacionais de futebol? Geralmente, apesar da correria da narração, tudo é pronunciado direitinho enquanto a bola rola no gramado.

4) Bom, se restar ânimo, esta história continua em algum momento dos Jogos de Vancouver. Fui derrubada pelo convite para assistir a “toda a emoção do curling no Sportv 2”. E o que me interessava, o canal não anunciou nem no seu site: quando é que passa a segunda e decisiva parte (programa longo, ou livre) da patinação masculina?

PS: para quem não sabe, a emoção do curling é ver marmanjo varrendo o chão.